30 DE JULHO: Dia do Trabalhador da Construção de Belo Horizonte

Trecho do Jornal Especial do Dia do Trabalhador da Construção de BH

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Talvez muitos companheiros e companheiras que estão lendo esse jornal não tivessem nascido quando estourou a Grande Greve dos Operários da Construção de 1979 em Belo Horizonte. Outros terão ouvido falar, e alguns ainda tiveram a oportunidade de participar daquela grande batalha da classe.
Essa é a nossa história, e todos precisam conhece-la.
Na região do Barreiro, principal centro operário de Belo Horizonte/Contagem os metalúrgicos da Mannesman, ocuparam as instalações da siderúrgica em 23 de maio na troca de turno da noite e, por 13 dias, tomaram o alto forno e o setor do Gasômetro. Essa luta combativa enfrentou o regime militar-fascista e conseguiu arrancar 10% de reajuste e pôr fim ao famigerado Turno das 7 Letras, odiado por todos operários.
Naquele mês de maio, estava em curso uma combativa greve que mobilizou professores na capital e em mais de 400 municípios, exigindo melhores salários e condições de trabalho, na rede estadual de ensino. Os professores enfrentaram grandes batalhas, resistindo por 41 dias contra o regime militar-fascista, que declarou a greve ilegal. O marco dessa greve, foi a criação da União dos Trabalhadores do Ensino (UTE), que no Congresso da categoria, realizado em novembro de 1979, elegeu a sua 1ª diretoria e o seu Estatuto.
Em junho, os trabalhadores rodoviários, deflagraram greve. Acuados os patrões fizeram acordo apenas com os motoristas, deixando de fora os cobradores, que se levantaram em revolta forçando a patronal a recuar.
Sob a forte influência dessas lutas, levantaram-se também os trabalhadores dos Correios, dos bancários e comerciários de BH. Em outubro, os metalúrgicos da FIAT, em Betim, deflagraram greve em outubro de 1979. Nessa greve, ao tentar se defender dos ataques da cavalaria, o operário Guido Leão foi morto – atropelado por um ônibus, que conduzia a tropa militar. E em São Paulo, no dia 30 de outubro, foi assassinado pela Polícia Militar, o operário Santo Dias, em frente à fábrica Sylvania, na Zona Sul de São Paulo.
É nesse ambiente de grandes mobilizações e lutas que os operários da construção de Belo Horizonte deflagram a histórica greve da categoria que que parou a cidade e fez tremer a reação. Essa grande greve também cobrou sua cota de sangue: o companheiro Orocílio Martins Gonçalves, tombado pelas balas assassinas do regime militar-fascista. Honremos seu sangue e a nossa história! Viva a Luta Classista e combativa!

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