Patrões e governo querem destruir a organização dos trabalhadores, para acabar com direitos trabalhistas

Nos últimos tempos, está havendo um grande ataque contra o movimento sindical brasileiro, principalmente após a entrada em vigor da lei 13.467/17 (ou a famigerada “reforma” trabalhista). Essa “reforma” foi feita justamente em um momento em que todo o sistema capitalista está sendo sacudido por uma profunda crise financeira, onde as grandes potências e superpotências jogam todas as fichas em projetos de austeridades (cortes de direitos), principalmente em suas colônias e semicolônias. O Brasil por ser um país semicolônia, com resquícios de semifeudalidade, completamente submisso ao imperialismo, principalmente ianque, não está fora dessa onda de cortes e arrochos.

Por outro lado, o povo brasileiro tem se levantado, cada vez mais decidido e claro, a patronal e o governo, buscam desestabilizar financeiramente as suas organizações, através de uma forte campanha contra o imposto sindical e mesmo os descontos negociais, firmados em campanha salariais, onde os trabalhadores aprovam em assembleias, convocadas por editais, cumprindo todas as normas e pré-requisitos das leis vigentes. Há uma forte campanha dos patrões, que buscam assinaturas dos trabalhadores contrários aos descontos, de forma que há denuncias de que são forçados a assinarem de forma coercitiva.

Na construção civil, por exemplo, houve uma grande luta dos trabalhadores, para não perderem seus direitos, a diretoria do Marreta jogou toda sua força, para não abrir mão de direitos históricos, conquistados ao longo das lutas e por isso ficamos quase seis meses negociando com o Sinduscon-MG. Após a negociação, os trabalhadores que haviam aprovado o desconto negocial de R$30,00 divididos em três parcelas de R$10,00, foram obrigados pelos patrões a assinarem uma lista, elaborada pela empresa e sob o discurso de que: “O sindicato acabou e por isso os trabalhadores não precisariam mais contribuir”. Tal atitude, nada mais é que uma clara tentativa de quebrar financeiramente o sindicato, para que o sindicato não tenha força em resistir contra os ataques e também, tirar a soberania da categoria em assembleia geral.

A famigerada “reforma” trabalhista, não veio para ajudar os trabalhadores, pelo contrário, coloca-os nas garras dos reacionários patrões, já que desobriga-os de fazer os acertos rescisórios no sindicato, limita o acesso do trabalhador à justiça do trabalho, impondo a custa do processo à ele, no caso de perder a ação. Outro fato, é que os reacionários patrões da construção civil estão cometendo: descumprimento do acordo coletivo assinado entre o Sinduscon-MG e o Sindicato dos trabalhadores (Marreta) e também a própria lei 13.367/17, que diz prevalecer o “negociado, sobre o legislado”.

O Marreta, tem realizado várias reuniões em obras, com os trabalhadores e os consultado sobre o desconto negocial e os trabalhadores são favoráveis a ele, o que descaracteriza a lista de assinaturas colhidas pelas empresas, contra o desconto negocial de R$30,00, divididos em três parcelas de R$10,00. O fato fica ainda mais grave, ao constatarmos a má fé das empresas que apresentaram tais listas.

Por isso companheiros, não podemos deixar que os patrões destruam o nosso sindicato e a nossa organização de luta, que tomamos em uma decisão coletiva, desde que retomamos o nosso sindicato, para as mãos dos trabalhadores, não aceitamos intromissão da patronal, tudo é debatido e decidido pela categoria e assim temos resistido, ganhado grande apoio dos trabalhadores e respeitado por todos, mas ainda temos de romper esse cerco da patronal e a única forma, mais viável à todos é a sindicalização em massa dos trabalhadores. Devemos lembrar também aos companheiros, que a patronal esta tentando impor aos sindicatos defender apenas os associados e não a categoria nas campanhas salariais e nós do Marreta deixamos claro, de que representamos a nossa classe e defendemos um sindicalismo classista e combativo e não apenas os sócios e todos os benefícios alcançados, são para todos. Não caia na conversa fiada dos patrões e muito menos de pessoas, que fazem o jogo dele.

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