Soterramento na Terrazas não foi acidente: Cleiton foi assassinado por negligência patronal!

No dia 5/12/2018 companheiro operário C.P. foi morto no canteiro de obras da Terrazas em Belo Horizonte.


(foto: Divulgação/CBMMG )

Ele morreu soterrado, mas a culpa é da negligência e ganância dos patrões e da “reforma” trabalhista!

Não foi acidente!

C.P. avisou que trabalhava em condições precárias, sob risco e sem proteção.

Dor e revolta! Mil vezes revolta!

C.P. era pai de família, um operário. Era um trabalhador terceirizado, cujos direitos foram usurpados pelos governos e pelos patrões, foram criminosamente retirados pela “reforma” trabalhista!

Sob os governos Lula/Dilma, já vinham sendo postas em práticas medidas da “reforma” trabalhista como a lei 11.196/2005 que impôs a “pejotização” (que deriva do termo Pessoa Jurídica – PJ) em larga escala no país, tratando como “flexibilização” a sonegação e descumprimento dos direitos trabalhistas por parte das empresas como: férias, 13º salário, FGTS, aviso prévio, entre outros.

Assim foram impostas, de forma cada vez mais brutal, as subcontratações e terceirizações em todos os setores, resultando na completa precarização das condições de trabalho e ainda mais arrocho salarial. Estas condições de trabalho, no setor da construção, como o MARRETA e a Liga Operária denunciaram e denunciam em todo momento, resultaram no massacre de operários nas grandes obras do PAC, nas obras da copa da Fifa e olimpíadas, e nos canteiros de obras de todo o país onde ocorreram centenas de mortes e mutilações de trabalhadores como resultado dessas políticas e da ganância patronal.

Sob o governo Temer, essas medidas foram aprofundadas com a aprovação da criminosa “reforma trabalhista” (lei 13.467/17), que de uma só vez acabou com direitos trabalhistas conquistados pela classe em décadas de lutas. Medidas absurdas como a terceirização nas atividades fim e até mesmo a alocação de grávidas para desempenharem tarefas em ambientes insalubres foram incluídas nessa referida lei.

A “reforma” da previdência é mais um crime que vem sendo concebido nos governos anteriores e é colocada como prioridade de Temer e do recém-eleito Jair Bolsonaro, que mesmo antes de tomar posse já articula novos golpes contra os trabalhadores.

O anúncio do fim do Ministério do Trabalho é mais um crime dessa trama nefasta de governo e patrões para empurrar milhões de trabalhadores para a miséria e a morte.

C.P., como tantos outros milhares de operários, foi assassinado por essas políticas. C.P. é mais uma vítima da “reforma” trabalhista!

Punição para os responsáveis por este crime contra C.P. e contra toda a classe operária!

STIC-MARRETA

7/12/2018

Clique AQUI para ver a nota à imprensa do MARRETA sobre a morte do operário Cleiton Pereira

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