Plano Diretor, Não! Plano de Emergência Já!

Boletim do MARRETA publicado em 31/5/2019

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Multidão de desempregados forma enorme fila a procura de empregos em Belo Horizonte (Agosto de 2018). Cenas como estas tem se tornado comuns em todas as cidades do país com o aprofundamento da crise.

O Plano Diretor que a Câmara dos Vereadores quer votar no próximo mês de junho de 2019 foi feito em 2014. Naquela época, éramos mais de 200.000 operários da construção só em Belo Horizonte. Hoje este número não chega a 80.000. O país afundou em recessão.
Aprovar esse plano agora, aumentando o preço para as construções verticais, não vai melhorar a cidade nem trazer justiça social nenhuma, como pretendem os burocratas e oportunistas que o defendem. Vai de imediato, na onda da recessão, aumentar o desemprego, encarecer os aluguéis, jogar para mais longe ainda os operários que hoje pegam pelo menos dois ônibus para chegar ao serviço.
E tem mais: todas as obras vão ficar mais caras, os trabalhadores que tem que fazer um puxadinho vão pagar mais, porque o lote é pequeno. E a conta sempre estoura no lombo de quem? Vai ficar aquele choraminga de que tem pagar licença e blá, blá, blá, e nisso os patrões vão querer pagar pouco para os trabalhadores da construção.
Belo Horizonte não precisa desse plano diretor agora. Precisa de um Plano de emergência já!
Os viadutos e ruas do centro estão lotados de gente dormindo nas ruas. Nos sinais, jovens que já estiveram trabalhando nas grandes obras vendem balas e paçocas, um esbarrando no outro, pelo tanto que têm. As UPA´s e Postos de Saúde estão abarrotadas de gente dormindo no chão ou varando a noite esperando atendimento. Quem vai procurar uma farmácia paga mais de R$200,00 pelos testes de dengue, zika e chicungunha. Quando chove, os alagamentos matam, como no Vilarinho nestes dias.
Nas obras, gatos terceirizados e PJ`s são utilizados para fraudar a convenção coletiva, os trabalhadores não recebem cesta básica, não tem seguro de vida, não utilizam equipamento de segurança. Têm trabalhador que não consegue procurar emprego porque não têm dinheiro para pagar a passagem do ônibus, ou quando encontram as empresas não pagam. A luz é cara e sobe, a água é cara e sobe, o transporte é caríssimo, não têm um metrô que presta. Milhares de aposentados estão afundados nos empréstimos consignados, com o sangue sendo chupado pelos vampiros do sistema financeiro.
Não aceitamos essa cidade com condomínios fechados e áreas nobres onde os ricos têm do bom e do melhor, enquanto a grande maioria do povo pobre vive em verdadeiros guetos de miséria, pobreza, exploração, sob a ameaça da violência policial e do crime!
As disputas dos patrões da construção civil com os patrões da construção pesada – como é o caso do Prefeito, para obterem vantagens nos negócios com o poder público, não podem punir ainda mais os trabalhadores e o povo.

Queremos obras, moradia, salário, trabalho, saúde, educação!
Plano diretor não!

 

Governo Bolsonaro/generais quer jogar no lixo 90% das regras de segurança do trabalho

O reacionário governo Bolsonaro/Generais expressa todo o seu caráter antioperário aprofundando a “reforma trabalhista”, ao anunciar o fim de 90% das NR’s. A “reforma trabalhista” é a volta da escravidão institucionalizada, para acabar com os parcos direitos dos trabalhadores e legalizar a informalidade. Aos trabalhadores restarão os baixos salários, a ausência de direitos trabalhistas e a precarização das condições de trabalho.
Os altos índices de “acidentes de trabalho” no país são decorrentes do descumprimento das NR’s, somado a total impunidade e a ausência de fiscalização do Ministério do Trabalho, que é sucateado e neutralizado pelas ditas “reformas”. Por isso amargamos o absurdo de mais de 4 trabalhadores assassinados por dia em “acidentes de trabalho”, isso sem citar os milhares de casos de invalidez (permanente e temporária) e doenças ocupacionais. A ausência das NR’s escancara a porteira para a carnificina nos locais de trabalho.
Bolsonaro não sabe o que é isso, pois nunca pegou no batente, foi militar e depois ficou na mamata das mordomias na câmara dos deputados por 28 anos. Esse governo tem ódio dos trabalhadores. Já em seu primeiro ato abaixou o salário mínimo de R$1.006,00 para R$998,00 (causando um roubo de mais deR$7 bilhões no bolso dos trabalhadores), logo atacou os sindicatos, para enfraquecer a organização dos trabalhadores e prevenir-se da resistência organizada da classe. Segue agora o nefasto plano de acabar com a aposentadoria e entregar a Previdência aos banqueiros.
A política desse governo é acabar com os poucos direitos dos trabalhadores e do povo, a fim de satisfazer a burguesia (banqueiros e empresários), os latifundiários, a serviço do imperialismo norte-americano. Com a desculpa de fazer “reformas” para aliviar a carga dos patrões e assim gerar mais emprego, jogam toda a carga nas costas dos trabalhadores que, desde a implantação da “reforma trabalhista”, amargam as perdas de direitos historicamente conquistados e o aumento do desemprego.
Não aceitamos corte das NR’s! O que querem com as“reformas” é atacar os diretos dos trabalhadores, nelas não há nada que nos sirva. Lutamos contra a “reforma da Previdência”. E pela revogação da “reforma trabalhista”.
O Marreta conclama todos os trabalhadores a se organizarem, para juntos, derrotarmos essa ofensiva reacionária contra os nossos direitos e a segurança do trabalho.

Levantar nosso protesto. Barrar este crime. Defender nossa aposentadoria. Fortalecer nosso Sindicato. Só com a greve geral!

 

Mar de lama na cabeça dos operários da construção

Nem bem o povo enterrou as centenas de vítimas assassinadas no crime premeditado em Brumadinho, o reacionário governo Bolsonaro/Generais, mostra sua cumplicidade com as mineradoras e a sua submissão ao imperialismo ianque. A Vale assassinou em Mariana e Brumadinho, segue aterrorizando o povo em Barão de Cocais e com suas barragens de rejeitos por todo país. Em conluio Vale, Governo e monopólio de impressa chantageiam o povo com terrorismo psicológico. Causando depressão, suicídios e etc. Os parentes dos trabalhadores, só sabem apenas quando eles saem para trabalhar, nunca quando voltarão.
Tal como buscam acabar com as NR’s, para aumentar a exploração aos trabalhadores, pretendem desregulamentar as leis ambientais para aumentar o saqueio de nossas riquezas naturais. Assim afogarem no mar de lama os trabalhadores e a nação brasileira.

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