Viva o 30 de julho dia do trabalhador da construção!

No ano de 1979, a rebelião popular configura um dos mais importantes marcos da história da luta de classes do país. Em abril, no estado de Minas Gerais, explode a greve dos professores estaduais exigindo melhores salários e condições de trabalho. Foram 43 dias de embates e desse processo nasceu a União dos Trabalhadores do Ensino, o que viria a se tornar o Sind-UTE. Em meio ao vigoroso movimento do professorado, acontece a greve da Manensmann, uma das principais batalhas dessa época. A fábrica era a maior metalúrgica do estado contando com mais de 14 mil empregados e, desses, mais de 12 mil operários. Dirigida pela mão de ferro de nosso Companheiro Boné, sua direção proletária assegurou o firme caminho do movimento. Os operários tomaram o alto-forno, as aciarias, o gasômetro e a subestação de energia elétrica, guarnecendo pontos vitais da fábrica e utilizando seu controle para impor as reivindicações aos patrões e ao regime. A força dessa luta impõe a tomada deposição do sindicato de direção pelega que passa a assumira greve e a apoiar materialmente o movimento. O resultado foi a vitoriosa conquista da reivindicação principal dos operários, referente às escalas de trabalho extenuantes, a famigerada 7 Letras, e o ajuste salarial de 20%, além de mobilizar e politizar levantando a consigna “Liberdade dos Presos Políticos” e pela derrubada revolucionária do regime militar fascista pró ianque. Enquanto isso, em São Bernardo – SP, a direção pelega de Luiz Inácio aconselhava os operários a aguardarem em casa a resposta dos “patrões” enquanto ele mesmo negociava com os barões industriais-burocratas da FIESP e derivados.

A greve da Manensmann crava uma firme organização clandestina no interior da fábrica e serve de estopim para um movimento grevista ímpar que se espalha por outros setores da produção. Essa explosão democrático-revolucionária tem seu auge na Greve dos Operários da Construção Civil que estremeceu toda a região de Belo Horizonte, episódio conhecido como “A Revolta dos Pedreiros”, luta marcada a sangue pelo assassinato de nosso grande Companheiro tratorista Orocílio Martins Gonçalves no dia 30 de julho de 1979, razão pela qual esta data marca o dia do trabalhador da construção. É desse contexto, Companheiros, que surge o núcleo organizador operário o Marreta, cuja força ideológico-política demarcaria os dois caminhos do movimento revolucionário em nosso país.

O levantamento dos operários da construção civil estremeceu as bases do regime militar fascista, adquiriu amplitude nacional e, principalmente, representou a maior fornada de lideranças operárias em toda a história do país. Ao celebrarmos os grandes levantes operários de 1979 não só relembramos o heroísmo de inúmeros democratas e revolucionários que entregaram suas vidas por um Brasil novo, mas também relembramos a origem do Marreta, cujo histórico deve nos servir de exemplo para nossas futuras e próximas batalhas!

Por isso neste sábado 03/08 às 08h, realizaremos uma atividade em celebração na sede do Marreta, participe e traga sua família!

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