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Companheiras e companheiros,
Em 18 de setembro, a Assembleia Geral, que contou com a ativa participação de vários trabalhadores, debateu, preparou e aprovou nossa pauta de reivindicações.
Companheiros com 20, 30 e ainda mais anos de profissão e experiência manifestaram seus pontos de vista: “os canteiros de obras estão a todo vapor e são os trabalhadores das obras, da produção que estão no olho do furacão. Exigimos aumento já com ganho real para os trabalhadores da construção!”
E se os patrões comemoram crescimento, é porque nas obras o trabalho não parou um dia sequer. Os trabalhadores das obras, encaram ônibus lotados todos os dias, enfrentam as piores condições de trabalho, enquanto parte da administração foi colocada em “Home Office”. Queremos dizer que a construção cresceu não foi por “Home Office”. Cada tijolo, grão de areia, cimento, tiveram que passar pelas mãos desses operários e muitos foram contaminados e mortos pela Covid-19.
O presidente do Sinduscon de MG (sindicato dos patrões) comemorou o crescimento de 74% nas vendas de empreendimentos no estado e, vejam só, agradeceu ao governador, que declarou a construção “essencial”. Rubens Menin, dono da MRV, também comemorou recentemente o crescimento do setor, falando que “Com os juros mais baixos da história do Brasil, beneficia o nosso setor” e de que há perspectiva de grande aumento da empresa, que cresceu 28% nesse período.
Esses senhores que vêm agradecer governo deveriam era levantar a mão para o céu e agradecer aos operários, que trabalharam e seguem trabalhando no dia-dia. O MARRETA teve que travar uma luta ferrenha contra as péssimas condições de trabalho nos canteiros de obras, para tentar impedir a propagação da Covid-19 e em muitos casos, teve que tirar do “Home Office” muitos chefes de escritórios, que estavam em casa, enquanto seus operários estavam “no olho do furacão”.
A pandemia, escancarou ainda mais o sistema de “Casa Grande e Senzala”, em que os patrões da construção, beneficiam o pessoal mais próximo da chefia, com ticket refeição, plano de saúde, odontológico e uma série de regalias, enquanto explora ainda mais os de baixo e o pessoal da produção nos canteiros de obras, que carregam toda a empresa nas costas, garantindo o crescimento, que é comemorado.
O MARRETA defende todos os trabalhadores e trabalhadoras da construção: por isso, nessa campanha salarial EXIGIMOS AUMENTO JÁ! Trabalhamos muito e seguimos trabalhando e agora o ESSENCIAL é o nosso aumento de salário e melhores condições de trabalho!