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Viva os 39 anos da “Revolta dos Pedreiros”  de 1979 em Belo Horizonte!

Viva os 39 anos da “Revolta dos Pedreiros”  de 1979 em Belo Horizonte!

 

Há 39 anos a situação se agravava, com alto índice de desemprego, da carestia, sob a feroz repressão militar, que gerenciava o velho Estado burguês/latifundiário, completamente submisso ao imperialismo, principalmente ianque, que arquitetou o golpe fascista civil/militar de 1964, após isso atacaram o direito de organização e de luta dos operários. Contra toda essa situação, os professores estaduais, os operários metalúrgicos e os da construção civil se levantam, por questões econômicas devido ao arrocho, mas também questionando a situação, rechaçando o regime civil/militar fascista.

Mais de 240 greves pipocaram por todo o país, em Minas Gerais as greves que sacudiram as estruturas do velho Estado, foi a dos metalúrgicos da Mannesman, onde os operários tomaram a fábrica e impuseram uma feroz resistência e a greve dos operários da construção civil de Belo Horizonte. Ambas rompiam a camisa-de-força imposta pelo velho Estado sob a intervenção dos civis/militares fascistas, lambe botas dos ianques (Estados Unidos).

A histórica greve dos operários da construção civil nasceu de uma necessidade econômica, mas toma uma conotação política após o covarde assassinato do tratorista Orocílio Martins Gonçalves. No dia 30 de julho, os operários, buscam se concentrar na Praça da Estação, a repressão, buscou cerca-los, mas os operários não se submeteram e logo buscaram romper o cerco, com muita combatividade. Carros foram virados e incendiados, paus e pedras serviram de armas de autodefesa, bem como suas ferramentas de trabalho.

Divididos em blocos, romperam esse o e partiram em marcha pelas ruas de Belo Horizonte até o antigo Campo de Lazer do Clube Atlético Mineiro, situado na Avenida Olegário Maciel, onde hoje funciona o Diamond Shopping, lá encontraram o portão fechado e a polícia, reforçada com os agentes da repressão, para tentarem intimida-los, com bombas, cassetetes e tiro, os operários não recuaram, logo teve inicio um enfrentamento e não tardou para que atingissem o companheiro Orocílio Martins Gonçalves, que tombou, alvejado com um tiro no peito. Os operários longe de recuarem, aumentaram a sua fúria, forçando a PM a se esquivar, diante de uma grande resistência.

Após o ocorrido a Revolta dos Pedreiros (como ficou conhecida a greve), ganha mais apoio e o centro da capital mineira, dirigentes revolucionários, lideram grupos de resistência e autodefesa, para não deixarem o massacre contra os operários. A repressão do velho Estado logo deixa o centro da capital mineiro completamente sitiado. A todo o momento, ocorriam enfrentamentos, os operários mostrando todo seu ódio de classe. A situação se agrava, os operários de BH, ganham apoio dos companheiros de Santa Luzia, Ouro Branco, Contagem, Betim e também a adesão dos milhares de operários que trabalhavam na obra do Mineirão.

O velho Estado, tenta de tudo para conter a “Revolta dos Pedreiros” sem sucesso e logo entrou em cena os oportunistas chefiados pelo pelego-Mor Luiz Inácio (na época presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) e estava em evidência, pois fazia parte de um plano arquitetado pelos ianques, que o adestraram, para que servissem de pelego na transição da abertura do regime ditatorial fascista civil/militar e com isso diminuísse os atritos. Esse pelego e seus seguidores tentam acalmar a massa em fúria, aproveitando-se que estava sendo inflado para cavalgar o povo, mas a massa continua em luta e claramente se divide em dois campos: o da conciliação e o da luta.

É nesse momento que a greve dos operários da construção civil de BH em 1979, rompe a camisa-de-força do velho Estado e não aceita a direção do oportunismo. No sexto dia a greve começa a perder a força, mas deixa uma classe, cheia de orgulho e certeza de que a derrubada do regime civil/militar estava iniciando. Os operários que sentiram a força da categoria e viram que necessitariam derrubar o pelego Francisco Pizarro, iniciam sua organização e para não permitir que o Sindicato não caísse nas mãos do oportunismo eleitoreiro do PT/CUT, formaram o Marreta, apoiados por lutadores classistas que agiam na CGT, ajudando na retomada do Sindicato dos Rodoviários em 1990. Por sua ação classista e combativa no meio do movimento sindical, esse grupo rompe com com os reformistas e conciliadoras da CGT em 1995 e  com todo esse modelo dee sindicalismo conciliador e pelego, criando a Liga Operária Sindical e Camponesa, apoiando as lutas do povo e levantando a classe. Depois de cumprir o seu papel de apoio incondicional à luta camponesa, apoia a criação da LCP e  passa a se chamar Liga Operária, sem perder de vista a linha classista e combativa, no movimento sindical brasileiro, e buscando amalgamar a aliança operária-camponesa, para desespero da reação e dos reformistas.

Através da eleição sindical de 1985 disputou a direção do Sindicato, mas a eleição é manipulada e o pelego Pizarro permanece à frente da entidade. Os companheiros não desanimam e continuam a sua organização, através de reuniões às quintas-feiras na sede da Federação da Construção e ganham novos companheiros mais decididos. Com a entrada em vigor da Constituição Brasileira de 1988, abre uma possibilidade de colocar o pelego Pizarro pra fora, por ele não ser da categoria e sim um interventor, colocado pelos milicos. Mesmo assim, derrubá-lo apenas nas disputas jurídicas, daria espaço para que o Sindicato caísse nas mãos de oportunistas, como a CUT/PT, que tinha um processo reclamando o direito de assumir a direção do Sindicato, com a chapa denominada “Massa Forte”, que de forte só o nome, pois eram frouxos e faziam o jogo da patronal e principalmente das grandes construtoras.

Os companheiros da chapa do Marreta, se organizaram nas obras e no dia 30 de novembro de 1988, retomaram o Sindicato para as mãos dos operários. Esse grupo do Marreta é fruto da Greve de 1979, herdeiros do generoso sangue derramado pelos companheiros em luta e principalmente do companheiro Orocílio Martins Gonçalves, que foi escolhido o herói da nossa categoria e do povo, por direitos, mas também por uma nova e verdadeira democracia e tem em seus documentos e juramento, apoiar de forma decisiva a luta camponesa, para com isso forjar uma forte aliança operária-camponesa, por entender que só eliminando a exploração no campo, irá reduzir o número de pessoas expostas às péssimas condições de trabalho nas obras e colocados em situação de trabalho escravo, constantemente pegos em nossa “operação arrebenta cativeiro”

Hoje nos encontramos em uma situação de arrocho, miséria e fome, com leis permitindo com que os patrões nos coloquem para trabalhar como escravos, as obras quando se utilizam de alojamentos, mais parecem senzalas e mesmo com toda a atuação do Marreta, a patronal tem mantido, graças a essas leis, que retiraram direitos históricos do povo. Os monopólios de imprensa fazem massivas campanhas contra a organização dos Sindicatos, proíbem os repasses financeiros descontados dos trabalhadores à entidade, mesmo que essa seja por vontade do trabalhador. Fazem isso, para tentarem destruir as organizações de lutas dos trabalhadores, debatermos a situação que atravessa o país, preparar a classe para uma grande e vigorosa greve geral, por tempo indeterminado, desmascarar a farsa eleitoral, mostrando que isso tudo faz parte de um plano arquitetado para dominar. Não é atoa que está em curso um golpe contrarrevolucionário de ação preventiva, frente ao inevitável levante das massas. Tentaram cavalgar a greve dos caminhoneiros, buscando apoio popular em defesa de uma intervenção, mas o plano da extrema-direita foi frustrado, graças ao apoio massivo do povo, principalmente os mais pobres.

A greve dos caminhoneiros, de primeira vista, pode parecer que não mudou muita coisa, bem, na questão econômica dos caminhoneiros e principalmente os que trabalham de carteira assinada. Mas no ponto de vista político, serviu para mostrar ao povo a força de uma classe em luta contra a exploração e opressão e fez sair do armário, vários defensores do golpe contrarrevolucionário, contra o inevitável levante das massas, colocando em “Xeque” esse velho e podre Estado burguês/latifundiário, serviçal do imperialismo, principalmente ianque.

O Marreta convoca toda a nossa classe a honrar os sangues derramados pelos heróis do povo e a não deixar apagar a chama, que foi acesa em nossa categoria no dia 30 de julho, ao tombar Orocílio Martins Gonçalves, fez a massa se levantar em fúria e a mostrar na prática que “as massas é que fazem a história”, O Marreta estará preparando a luta nesse período, baseado no estudo e luta da classe e realizando um balanço do movimento sindical, principalmente o período dos 14 anos do oportunismo (PT/PCdoB) no gerenciamento do velho Estado, colaborando com a grande burguesia, o latifúndio e tornaram-se vedetes do imperialismo, principalmente ianque, criando leis de austeridades (cortes de direitos) destruindo as conquistas históricas dos trabalhadores e do povo, inclusive sevando o quadrilheiro Michel Temer, que está colocando em curso todo o plano do imperialismo no atacado. Na preparação da celebração dos  30 anos da retomada do Sindicato em 30 de novembro  e aos 40 anos dessa gloriosa greve e prepararemos uma grande celebração, que será em 30 de julho de 2019.

 Orocíio Martins Gonçalves, presente na luta!

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