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Nota de pesar ao nosso companheiro “Chico”

Nota de pesar ao nosso companheiro “Chico”

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Foi com muito pesar que a diretoria do Marreta recebeu a notícia nesta quarta-feira dia 09, que “seu Chico”, havia falecido no dia 26 de novembro, vítima de uma parada cardiorrespiratória fulminante, após ter sido internado por infecção urinária no Hospital Santa Terezinha em Mateus Leme.
Segundo a filha Dora, ele foi enterrado no cemitério municipal de Mateus Leme na mesma data.
Francisco Nascimento dos Santos, mais conhecido como “Seu Chico” era pedreiro de profissão.
Nascido em 20 de fevereiro de 1929, no estado do Rio Grande do Norte, pegou trecho ainda jovem para sobreviver e desse modo trabalhou em vários estados do país. Mas foi em Minas Gerais que se instalou.
Ele fez parte do Grupo Marreta que retomou o Sindicato para as mãos dos trabalhadores em 1988, sendo membro da Junta Governativa, juntamente com João Miranda, Terezinha, José das Mercês, Nilson e Osmir Venuto. Era casado com Marlene Ferreira Batista e pai de cinco filhos: Francisco Nascimento dos Santos Filho (falecido), de Dora Tilamur Ferreira dos Santos, Tatiana Ferreira dos Santos, Ana Cristina Ferreira dos Santos e Camila Ferreira dos Santos.
“Seu Chico”, foi um lutador e defensor do classismo e participou de várias lutas com o Marreta.
Em 1991, quando estávamos debatendo a Lei 8.213, que garante estabilidade para o trabalhador acidentado, “seu Chico” pediu uma questão de ordem e questionou: “Se os patrões exigem um atestado admissional e obriga os trabalhadores, temos também que exigir o mesmo quando ele sair da empresa!”, por esse motivo, brincávamos com ele “de era o pai da ideia”, já que os últimos preparativos da lei antes de ser assinada em agosto de 1991, foram debatidos no auditório do Marreta, que desde então já se destacava no combate aos “acidentes” de trabalho – que para nós, são crimes premeditados.
“Seu Chico” trabalhou muito tempo na antiga Encol e fez parte de nossa diretoria até 2008, quando se aposentou. Era um brincalhão, defendia o Cruzeiro time do coração e autoproclamava ser “um comunista desde criancinha” e por isso estava na luta desde cedo. Trabalhou por um período em nossa subsede do Barreiro e os trabalhadores da região o conheciam, não sendo raro alguns perguntarem sobre ele.
A Diretoria do Marreta, manifestando o seu pesar à família, deixa claro de que pessoas como o “seu Chico” não morrem, pois sempre serão lembrados pelos que lutam pela classe e o povo e de que ele sempre será lembrado, como um companheiro que ajudou retomar o Sindicato para as mãos dos trabalhadores.

Belo Horizonte, 09 de dezembro de 2020.

Companheiro Chico, presente na luta!

 

A DIRETORIA  

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