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Viva o Dia do Trabalhador da Construção Civil

Viva o Dia do Trabalhador da Construção Civil

Uma grandiosa celebração foi realizada no dia Trabalhador da Construção de Belo Horizonte (30 de julho) no salão do Marreta, homenageando o herói da classe, Orocílio Martins Gonçalves, assassinado em 1979 pelo regime militar-fascista nos grandes levantes operários daquele ano.

O evento contou com a participação de dezenas de operários, mulheres e estudantes, além de representantes de entidades convidadas: Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de Minas Gerais – FETICOM MG, Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais – SINTECT, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de São João Del Rey – SINTCON, Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação – SindUTE/Sub sede Vespasiano e São José da Lapa, Luta Pelo Socialismo – LPS, Movimento das Comunidades Populares – MCP, e Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia – ExNEPe.

Compondo a mesa inicial estavam representantes do Sindicato Marreta, da Liga Operária, da Liga dos Camponeses Pobres e da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo. Para dar início a celebração, todos os convidados foram convocados a ficarem de pé para entoarem a plenos pulmões A Internacional, hino do proletariado internacional.

O presidente do Sindicato Marreta Afonso, fez a saudação de abertura retomando a luta de 1979 como referência para as lutas atuais travadas pelo Marreta. Exaltou a combativa e vitoriosa greve da construção civil do início de 2022, com várias paralisações de obras, manifestações, os operários se movimentando e enfrentando a patronal, numa situação de crescente miséria e carestia de vida. Apontou como cada vez mais está difícil sobreviver nas atuais condições, e que o único caminho para o operário é se levantar e lutar por melhores condições de trabalho e salário.

Após, o companheiro da Liga Operária saudou o mártir da classe Orocílio, e afirmou que nos levantes de 1979 houveram dois caminhos: classismo versus oportunismo, e apontou que agora nesse momento são novamente estes dois caminhos que se enfrentam. Apontou a necessidade de romper com as ilusões e fortalecer as organizações nos locais de trabalho e moradia, desenvolver mais e mais a Aliança Operário-Camponesa, e preparar uma vigorosa Greve Geral de Resistência Nnacional para revogar todas as leis antioperárias e enfrentar as medidas antipovo e vende pátria, seguindo o exemplo da combatividade dos operários da construção civil em sua greve no início do ano.

As duas falas foram reforçadas pelo representante da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo – FRDDP, que apontou a crise de decomposição do imperialismo e do capitalismo burocrático; como o imperialismo é guerra e necessita intensificar a violência, saqueio e exploração aos povos do mundo. Apontou que as massas lutam e sua rebelião cresce a cada dia e que não há outro caminho que não seja uma grande transformação no país, longe dos marcos das promessas eleitoreiras que já não enganam o povo mais. A FRDDP fez o comunicado da luta no campo levada a frente com o movimento camponês combativo, em particular pela LCP, como as massas camponesas têm se lançado cada vez mais em tomar todas as terras do latifúndio e a enfrentar a pistolagem e repressão na mesma medida, afirmando o caminho da Revolução Agrária.

Os convidados assistiram um vídeo preparado pelo Marreta retomando alguns principais fatos da luta popular no regime militar-fascista imposto pelo golpe civil-militar de abril de 1964. O vídeo mostrou como os grandes levantes operários e de massas trabalhadoras no fim da década de 1970 e início de 1980 foram decisivos para as massas darem seu enfrentamento ao regime que infelicitou por 21 anos nosso povo e a Nação. Todos vibraram com as cenas da fúria das massas rebeladas e a força demonstrada pela classe operária e massas populares naquelas greves. Um destaque se deu aos levantes dos operários da construção de BH, que aos milhares entoaram a palavra de ordem “nóis constrói, nóis destrói”, virando carros, colocando a repressão para correr com paus e pedras, rechaçando o oportunismo de figuras como o pelego-mor Luís Inácio e persistindo na luta combativa. Foi nessas manifestações que, em 30 de julho de 1979, o companheiro Orocílio levou um tiro no peito da repressão assassina, pagando a cota do sacrifício da classe e se tornando um herói do povo brasileiro, regando a luta com seu sangue e elevando ainda mais a fúria dos operários.

Após o vídeo, os representantes das entidades foram convidados a comporem a mesa, onde todos exaltaram o Marreta e a importância da data. Trouxeram as lutas das outras categorias que dirigem, como a posição classista e combativa do Marreta é exemplo a ser seguido, e da necessidade de os trabalhadores unificarem pois a luta da classe é uma só.

Os convidados fizeram o uso da palavra exaltando a luta das massas, denunciando os ataques do governo militar contra os direitos dos trabalhadores, rememoram lutas em que estiveram presentes e lutas atuais, contra o arrocho salarial, a carestia de vida, os ataques da patronal, etc. Todos manifestaram firme convicção de que o caminho que pode mudar a situação é a luta. Alguns operários da construção civil destacaram como o Marreta e a Liga Operária defendem o trabalhador de verdade, não aceitam peleguismo e conciliação com patrões e governos, dando exemplos concretos deles próprios quando buscaram o sindicato para solucionar seus problemas.

O ato foi encerrado com todos gritando alto as palavras de ordem “Viva o dia do Trabalhador da Construção de BH!”, “Viva a luta classista e combativa!” “Companheiro Orocílio, presente na luta”!

Para terminar com chave de ouro foi organizado um saboroso almoço ao som de músicas populares cantadas pelos artistas Marli Mena e Sapão e todos celebraram em um ambiente caloroso de companheirismo.

 

Viva o Dia do Trabalhador da Construção de Belo Horizonte!

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