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Marreta arrebenta cativeiro com 5 operários em condições degradantes em “casa de classe média” em Contagem

Marreta arrebenta cativeiro com 5 operários em condições degradantes em “casa de classe média” em Contagem

“Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”. Esse ditado popular ilustra bem o crime trabalhista cometido pela empresa Preventivo Telhados LTDA. (Rossi Serviços).

Após receber denúncia, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção de Belo Horizonte e Região – MARRETA arrebentou mais um cativeiro de operários utilizado como alojamento onde 5 trabalhadores dormiam no chão e não tinham sequer água potável disponível para seu consumo. Alguns desses trabalhadores prestaram serviços em diferentes localidades, sempre nessas mesmas condições.

Quem vê a casa de 2 quartos localizada à Rua dos Maristas, nº 305, no bairro Bandeirantes, em Contagem, não imagina que o imóvel com aparência de uma residência de classe média seja um alojamento mantido pela Rossi Serviços em que os trabalhadores são mantidos em situação degradante de trabalho.

Esses operários, oriundos de Montes Claros, Jequitinhonha, Sete Lagoas e Ribeirão das Neves vêm sendo submetidos a trabalho degradante há anos:

  •  Em Jequitinhonha, fizeram o telhado de uma igreja. Trabalho que segundo os operários, foi contratado pela Prefeitura local.
  • Em Sete Lagoas também fizeram um telhado, contratados pela BOMBRIL.
  • E agora, em Contagem, são submetidos às mesmas condições degradantes e exploração de tipo servil, prestando serviços em uma obra da Toshiba.
  • O MARRETA encontrou esses operários nas seguintes condições:
  • Todos dormindo no chão. A empresa forneceu somente o colchão e não as camas nem respeitou nenhuma norma sobre alojamentos e camas que estão nas NRs;
  •  A empresa não fornece alimentação aos trabalhadores caso eles não estejam no local de trabalho, como eles estão alojados, são obrigados a custeá-la do próprio bolso;
  • A empresa não fornece o café da manhã;
  • Quando estavam trabalhando em Sete Lagoas, esses trabalhadores tiveram que ir até a rodoviária carregar seus telefones celulares porque a Companhia de energia elétrica havia cortado a luz do imóvel usado como alojamento;
  • No dia 1º de fevereiro de 2021, diretores do Marreta conversaram com um dos trabalhadores alojados que está afastado por ter sofrido acidente de trabalho. Esse trabalhador estava no alojamento abandonado pela empresa sem nenhum tipo de assistência.
  • Outro trabalhador relatou que passou pela mesma situação e acrescentou que a empresa sequer fornece material de limpeza ou higiene aos trabalhadores alojados.

E uma última e gravíssima denúncia que o MARRETA apurou: segundo os trabalhadores, em Sete Lagoas, o empresário apontado como “Sr. André” ameaçou “dar tiros neles” caso denunciassem a situação absurda a qual os operários são submetidos.

Veja abaixo reportagem que revela a situação desses trabalhadores:

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