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Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Edificações da Construção de Belo Horizonte, Lagoa Santa, Nova Lima, Raposos, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia e Sete Lagoas - Rua Além Paraíba, 425 - Bairro Lagoinha - Belo Horizonte - MG - TELEFONE (31) 3449-6100

Falta de mão de obra na construção civil: precarização e  superexploração nas obras de BH e região.

Falta de mão de obra na construção civil: precarização e  superexploração nas obras de BH e região.

A falta constante de mão de obra na construção civil é o assunto do dia, mas não tem NADA DE NOVO. A pergunta que resta é: por que há falta de mão de obra? De quem é a responsabilidade disso?

Seria dos trabalhadores, como querem fazer crer os magnatas da construção civil? Que “o setor enfrenta uma crise de mão de obra porque muitos potenciais trabalhadores não querem perder o benefício (do Bolsa Família) ao aceitar um emprego formal”? Palavras de Rubens Menin (presidente da MRV), Ricardo Gontijo (CEO da Direcional Engenharia) e Roberto Reis (consultor público).¹

Uma questão fica explícita: em grande medida, a presente falta de oportunidade de responsabilidade para com a formação e qualificação técnica é de responsabilidade,  direta, desses mesmos empresários.

Algumas pesquisas apontam para que, além da migração para outros setores, “carência de programas de formação técnica” e “envelhecimento da força de trabalho”², são causas essenciais do permanente déficit de força de trabalho no setor da construção civil.

Tudo isso têm levado a mão de obra da construção civil a  trabalhar com aplicativos, como UBER, 99, e Ifood além de  migrar para área do supermercado e outros serviços. Segundo o IBGE, 1,5 milhão de brasileiros trabalhavam com aplicativos de entrega em 2022.³

Levantamentos mostraram que 76% das empresas de construção adiaram entregas de suas obras nos últimos seis meses devido à escassez de profissionais. Mais de 90% das construtoras entrevistadas alegam ter dificuldades para acharem profissionais qualificados.4

Isso só confirma o que nós do Marreta denunciamos e enfrentamos todos os dias, com vários trabalhadores sendo desrespeitados e lesados por “empreendedores” gananciosos, “tocando obras”  em condições higiênicas e sanitárias alarmantes, não raramente atuando  nos bastidores com as grandes construtoras.

Há casos absurdos e revoltantes. Por exemplo, profissionais entram numa empresa como servente e, mesmo depois de anos, não conseguem sequer uma promoção: uma oportunidade para mudar de ofício para pedreiro, bombeiro ou eletricista, por exemplo. Ainda por cima, recebendo salários baixíssimos e altas cobranças! Revoltante! Inadmissível!

Não à toa nosso sindicato tem recebido informações de que as empresas não estão conseguindo contratar nem serventes: nada de surpreendente, já que é a função que mais sofre nos canteiros de obras, com os salários mais baixos, e sem possibilidade alguma de crescimento!

Essa é a lógica da exploração máxima que prevalece nos canteiros de obra e que não podemos aceitar e não aceitarmos!

Atento às demandas da categoria, nosso sindicato lutou para que se implantasse na CCT 2024/2025 programas de qualificação técnica: agora as empresas da Construção Civil têm que ter,  ao menos, 10% do quadro de funcionários  em programas de formação técnica, inclusive através do SENAI, que é administrado pela FIEMG e bancado pelo Sistema “S” e deve estar ao alcance do trabalhador.

E é justamente no propósito de empenhar mais esforço para contornar a situação aterradora imposta à categoria, que sofre com a falta de acesso a escolarização e formação técnica que retomamos com a Escola Popular e outros projetos, como o “Curso de Leitura e Interpretação de Projetos e AlfabetizaçãoReforço Escolar”, que pretendemos iniciar em março próximo:

Os companheiros interessados podem entrar em contato através do (31) 3449-6110 (Whatsapp).

Referências:

¹ https://abrainc.org.br/economia/2025/02/17/opiniao-trabalho-bolsa-familia-o-binomio-que-pode-mudar-o-brasil

² https://www.obraplay.com/construcao-civil-como-a-escassez-de-mao-de-obra-qualificada-impacta-o-setor/

³ https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2023/10/25/pesquisa-inedita-do-ibge-mostra-que-brasil-tem-21-milhoes-de-trabalhadores-por-aplicativo.ghtml

4 https://gruainsights.com/conteudos/escassez-de-mao-de-obra-na-construcao/

 

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Respostas de 2

  1. Bom nos canteiros de obras faltam diversidade, quando o trabalhador entra pra trabalhar é dado um par de botinas de couro animal , está cultura de sacrificar os animais está vencida , só gera desmatamento violência e alimentação de péssima qualidade . Acredito quê o trabalhador deve buscar conheçimento de luz , se quer ser mais valorizado nos canteiros de obras , não pode ser um tropeço no caminho da ordem ė do progresso .
    Tudo no mundo está sė
    modificando , as nações buscando mais sustentabilidade multipolaridade, logo sacrificar animais é algo primitivo próprio do capitalista do das terras griladas quê também é dono da empresas de construção civil aonde o trabalhador não consegui fazer distinção de um calçado ou um grilhão de escravatura .
    É preciso sim valorizar o trabalhador da construção civil , mas primeiro êlė devė sė negar a caçar um par de botinas feito da pele de pobres animais escravizados o couro é cruel, usar calçados de couro animal na construção só serve ao propósito dos capitalistas gananciosos cuja frase é atribuída :
    “Sė peão fossė frango , todo dia eu comia um .”

    SÁBADO CULTURAL
    Todos os sábados no salão Marreta
    aulas de capoeira angola
    Às aulas começam com meditação
    ou saudação ao sol .
    Veja bem … “Capoeira é defesa pessoal , arte marcial , luta de libertação ”

    Asé
    08:30 às 11:00 horas

  2. *~_TRABALHO_~*

    A frase atribuída a Buda que se relaciona com **”trabalhar com aquilo que eu amo fazer”** é:

    ### **”O seu trabalho é descobrir o seu trabalho e, então, com todo o coração, dedicar-se a ele.”**
    *(Ou, em outra variação: “Encontre um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.”)*

    ### Significado:
    Essa ideia reflete o ensinamento budista de que a **felicidade e a realização** vêm quando alinhamos nossa vida com nosso **propósito verdadeiro**. Quando fazemos o que amamos, o “trabalho” deixa de ser um fardo e se torna uma expressão de nossa essência.

    ### Contexto na Filosofia Budista:
    – O Buda ensinou que o sofrimento (*dukkha*) surge do apego, da insatisfação e de viver em desarmonia com nossa natureza.
    – Fazer algo com **presença e amor** é parte do **Caminho Óctuplo** (esforço correto, ação correta e sustento correto).
    – O **”Sustento Correto”** (*Samyak Ajiva*) no budismo prega que o trabalho deve ser ético e, de preferência, alinhado com nossos valores mais profundos.

    Se você está buscando conciliar seu trabalho com sua paixão (como os mestres da Capoeira Angola fizeram), essa frase serve como um lembrete poderoso para seguir o coração com disciplina e consciência.

    **Que você encontre (ou já esteja vivendo) esse equilíbrio!** 🙏

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